terça-feira, 14 de agosto de 2007

† O QUE É VAIDADE ?! †


O que é e o que não é vaidade
(estudo retirado do livro "É proibido, o que a bíblia permtie e a igreja proíbe",
Ricardo Gondim, capítulo 4, pág's 44- 52)

As igrejas evangélicas brasileiras têm grande dificuldade de compreender o termo "vaidade" que, no jargão próprio do mundo dos crentes, carrega toda uma conotação pejorativa. Gostar de vestir-se com esmero, adornar-se com qualquer jóia ou cuidar do cabelo, tingindo-o ou penteando-o de alguma forma estética, é considerado pecado na maioria das nossas igrejas. O texto apresentado como base bíblica para tal conclusão é o Salmo 24:3-4:

Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. (Bíblia Almeida, edição corrigida e revisada)

Precisamos estudar a palavra "vaidade" no original hebraico e grego, compararmos as várias vezes em que ela é usada na Escritura e qual o verdadeiro sentido que esse vocábulo possuía nos tempos antigos.

Vaidade no hebraico advém de duas palavras. Primeiro, de habel, que significa vazio, oco. Seu uso no Antigo Testamento estava muito relacionado ao abandono do único Deus verdadeiro e à busca de ídolos que não podiam satisfazer às necessidades de Israel pelo simples fato de não existirem. A adoração a ídolos, então, tornouse sinônimo de vaidade, pois era como se o povo israelita estivesse buscando ajuda no vazio:

Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem. (2 Rs 17:15)
A segunda palavra hebraica era shav, que assumia uma conotação também de vazio, mas com uma compreensão mais ligada à desolação, abandono. Jó usa essa 45 expressão quando se sente vazio, pois se vê abandonado e percebe sua vida esvairse em nada. A palavra sopro, no texto abaixo, é a mesma palavra hebraica traduzida por vaidade:

Estou farto da minha vida; não quero viver para sempre. Deixa-me, pois, porque os meus dias são um sopro. (Jó 7:16)
No grego, vaidade é representada pelo substantivo mataiotes e também significa vazio. Não há qualquer relação entre vaidade e o uso de jóias, roupas ou ornamentos. Seu significado, em primeiro lugar, refere-se ao mundo criado que, no pecado e sem preencher o propósito inicial para o qual foi criado, tornou-se vazio:
Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. (Rm 8:20, Bíblia Almeida, edição corrigida e revisada)
Vaidade - mataiotes - é também usada por Paulo para expor a forma de pensar e o estilo de vida dos gentios, que não conhecem a Deus:
Isto, portanto, digo e no Senhor testifico, que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos. (Ef 4:17)
Vaidade- mataiotes- também podia denotar as palavras impressionantes, mas vazias, de falsos mestres que muito falam, mas não possuem conteúdo nenhum:
Porquanto, proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro. (2 Pe 2:18)
Portanto, há muita firmeza em afirmar que, quando a Bíblia fala de vaidade, seu significado é sempre sopro, efemeridade, algo vazio. Daí o Salmo 39:5 declarar:
Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.

Salomão também usa a palavra vaidade nesse sentido de algo vazio, oco. Quando escreveu o livro de Eclesiastes, cansado e profundamente amargo com a vida, ele concluiu, de um modo sarcástico, em diversos pontos do texto que:
Vaidade de vaidades! diz o Pregador; vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. (Ec 1:2)

Observe que, na lógica do apóstolo Paulo, vaidade é colocar esperança naquilo que é vão, passageiro, perecível. Ele, então, fala em viver sua vida à luz da eternidade:

Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3:14)

Paulo vivia sob o postulado de que as coisas importantes são aquelas que não se vêem, pois tudo o que os nossos olhos contemplam um dia passará. Sendo assim, para o apóstolo o que é finito deveria ser considerado vaidade:

Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem, porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. (2 Co 4:18)

A vaidade exterior e interior

As normas de conduta do cristianismo neotestamentário parecem mais interessadas no interior do que no exterior dos homens. A palavra "vaidade" não é um termo que descreve uma pessoa cuidadosa de vestimenta ou de adornos do corpo; pelo contrário, esse vocábulo refere-se ao modo de viver de uma pessoa que busca valorizar-se através de meios terrenos e passageiros. As palavras de Paulo deveriam ser sublinhadas em todas as Bíblias, para que não haja uma má compreensão do que significa vaidade:
Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças; não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas cousas, com o uso, se destroem. Tais cousas, com efeito, têm
1. faz-nos juizes da lei muitas vezes, quando estamos julgando nosso irmão por causa da sua postura exterior, podemos estar julgando mal. Isto porque não temos condições de conhecer o coração das pessoas. Uma pessoa pode aparentar muita piedade por causa de sua indumentária, mas o seu coração pode estar completamente contrário a Deus. Há diversos casos na Bíblia em que a postura exterior das pessoas contradizia o seu estado interior. Saul, que era tão belo (1 Sm 9:2), "que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele; desde os ombros para cima", mostrou que interiormente seu coração era feio. Ao profetizar com os outros profetas (1 Sm 10:10), mostrou claramente aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e falsa humildade, e rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade. (Cl 2:20-23)
Essa busca de estipular a vaidade de um coração, julgando o valor que uma determinada pessoa empresta aos ornamentos, pode tornar-se uma obsessão doentia. Além do mais, há vários inconvenientes nessa postura: que o uso dos dons e talentos religiosos nada tem a ver com verdadeira espiritualidade. Quando se escondeu na bagagem (1 Sm 10:22), mostrou uma aparência de humildade, mas se sabe que, na verdade, Saul era uma pessoa muito insegura.
Há outros casos em que as pessoas aparentemente desqualificadas pelo seu porte e aparência exterior são plenamente aceitas por Deus. Quando Jesus entrou na casa de Simão, o fariseu (Lc 7:36-38), uma mulher aproximou-se por detrás do Senhor, chorando, regando-lhe os pés com suas lágrimas, enxugando-os cornos próprios cabelos e ungindo-os com ungüento.
Ao ver isso, o fariseu logo julgou a pobre mulher pela sua aparência exterior e pela sua reputação (que também é um juízo meramente exterior); como se não bastasse, disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Jesus então confrontou Simão, afirmando que este, mesmo tendo toda a aparência e forma religiosa, estava seco por dentro.

Aquela mulher, todavia, ainda que possuidora de uma baixa reputação, era rica interiormente. A aplicação prática daquele evento é avassaladora: "Perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama(v.47)".
Esforçar-se para julgar uma pessoa pela sua maneira de vestir é um exercício inútil, porquanto o profeta Jeremias (17:9) nos afirma que "enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?". O cuidado com as vestimentas e adornos pode não revelar um coração tendente a valores mundanos, visto que pode ser apenas um traço cultural ou próprio de um tipo de personalidade. Portanto, devemos ter o máximo cuidado para não incorrer na tentação de Tiago 4:11-12:
Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do seu irmão, ou julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo?
2. Legislar sobre quais vestimentas são ou não "vaidosas" leva-nos a um nível de legalismo sufocante. Há igrejas com normas comportamentais sobremodo asfixiantes. O manual de "Regulamento Interno" para membros de uma dessas denominações contém tantas proibições, e procura legislar sobre tantos aspectos da vida cristã, que até os fariseus estranhariam. Uma das páginas que iniciam o referido opúsculo apresenta determinações que causam perplexidade: É permitido o uso de ombreira para irmãos e irmãs, porque a ombreira é parte complementar do vestuário. Também é permitido o uso de meia-calça, meias de lã, desde que não sejam de cores berrantes ou que chame (sic) a atenção, 1 Ts 5:23. A saia jeans só c permitido (sic) no lugar de trabalho, desde que não seja escandalosa, 1 Ts 5:23. Sobre usar roupas vermelhas e pretas, é
permitido para mulher. Ao homem, entretanto, ficam proibidas roupas vermelhas, Tg 4:4. É permitido a (sic) mulher usar presilhas no cabelo, desde que não haja exagero; também é permitido usar correntes para segurar os óculos, desde que haja necessidade. O uso de perfumes para o homem e a (sic) mulher é permitido, pois o Nosso Jesus também foi perfumado, Mc 14:3, Mt 26:7.O uso de lenço na cabeça pelas irmãs é permitido (sic). Os irmãos usarem gravatas vermelhas ou cores berrantes não é permitido. O uso de perneira (sic) para asirmãs é permitido. Fica proibido o uso de camisetas com estampas mundanase dizeres em português ou qualquer outra língua, a não ser dizeres bíblicos ouda IPDA, 1 Co 14:40. As saias e os vestidos das irmãs (sic) deverão cobrir osjoelhos mesmo sentadas. Não é permitido o uso de roupa longa, tipo roupa de gala, pois isso já é exagero, e o uso de tênis para o (sic) homem e mulher só é
permitido para o trabalho ou em casa.

Quanto ao assobiar é permitido, se for para louvar a Deus, Zc 10:8 e Sl 150:6. Sobre amigo secreto, brincadeira que se faz normalmente no Natal ou final do (sic) ano ou em época de festa, não é permitido, pois se trata de algo mundano, 1 Jo 2:15-17. Estipular que um tipo de ornamento no corpo é vaidade, mas um quadro que coloco na parede de minha casa para ornamentá-la não, pode indicar, no mínimo, uma postura incoerente. Os lustres que usamos para decorar as luzes que iluminam nossas casas não seriam também uma espécie de vaidade?
Uma miríade de perguntas surgem imediatamente quando se pensa na questão da vaidade. Por exemplo: Não seria o uso da gravata uma vaidade? A gravata surgiu em culturas de clima frio como uma espécie de cachecol que esquentava o pescoço. Entretanto, devido a ter sido estilizada e aperfeiçoada a ponto de perder sua função inicial, tornou-se mero adorno no pescoço dos homens. Em um país de clima tropical como o Brasil, a gravata não possui utilidade nenhuma senão adornar. Há ainda aqueles quatro botões que enfeitam as mangas dos paletós dos homens; qual a utilidade deles, já que não servem para abotoar nada? São meros adornos.
Aliás, qualquer botão, desde que esteja exposto, serve para adornar. Quem quiser legislar sobre a vaidade sucumbirá por gerar uma paranóia, visto que, ao ter de lidar com inúmeras questões, acabará sendo incoerente. Dizer que uma mulher que usa jóias é vaidosa, mas comprar um carro cheio de frisos niquelados e de cores berrantes não é farisaísmo? Teríamos de arbitrar sobre os enfeites que deveriam fazer parte dos nossos óculos, quais cores seriam permitidas nas nossas roupas, ou seja, estaríamos presos a um exasperante sistema de fiscalização de nossa conduta. Seríamos, em última análise, roubados da liberdade em Cristo.
3. Buscar em roupas e adornos uma forma de agradar a Deus é inútil e pode levar a um conceito de salvação pelas obras.
Podemos sofrer o que sofreram os gálatas. A igreja da Galácia estava sendo impregnada de fariseus convertidos. A heresia deles era tão sutil, que Paulo precisou escrever uma das suas mais duras cartas. Eles não chegavam a afirmar que a cruz não possuía poder para salvar, diziam apenas que além da cruz era necessário a circuncisão. Paulo, veementemente, contradiz essa heresia asseverando que, se alguma coisa for acrescentada à cruz, será anulado todo o poder que dela procede.
...mas agora que conheceis a Deus, ou antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando outra vez aos rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. (Gl 4:9-10)
4. Gerar confusão sobre o que é na verdade mundanismo. Levantar a questão da vaidade para provar que as pessoas que usam adornos e roupas da moda amam o mundo, significa confundir a real acepção que a Bíblia atribui ao vocábulo "mundo". Há uma necessidade clara de entendermos o imperativo bíblico "não ameis o mundo", pois há uma punição muito séria para aqueles que desobedecem a esse mandamento; seria importante lermos a exortação em seu contexto:
Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternament e. (1 Jo 2:15-17)
Logicamente esse mundo a que João se refere não se trata do mundo natural (físico), pois o mundo criado por Deus é muito bom. Embora caído e sofrendo os efeitos da queda, o mundo natural aguarda o dia da redenção e geme na expectativa de ser restabelecido das conseqüências do pecado humano:
Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora. (Rm 8:20-22)
O mundo que devemos odiar também não é o mundo humano, pois a este o próprio Deus declara o seu amor. O texto de João 3:16, o mais conhecido do mundo evangélico, declara peremptoriamente que Deus ama o mundo com um amor infinito.
Então, qual mundo devemos odiar? A resposta a essa pergunta trará nova luz sobre toda a subcultura de proibições no meio evangélico (desde os tipos de diversão, até às vestimentas que são ou não permitidas ao crente). O mundo é descrito na Bíblia como um sistema (cosmos) que se opõe ao reino de Deus. Paulo chega a dizer que esse mundo manifesta-se através dos sistemas de pensamento que rejeitam a verdade:
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo. (2 Co 10:4-5)
O mundo é todo o sistema que se desenvolve na cultura e que leva, legitimado pelo egocentrismo do homem, ao exagerado e desmedido desejo da carne e dos olhos. É o adoecimento de toda produção humana e a manifestação do desejo doentio de poder. Está em relevo na ânsia obcecada por prosperidade. É também a necessidade de seduzir o próximo através do sexo ou do dinheiro. Não somente isso, pois pode ser também a busca de poder eclesiástico de algumas elites evangélicas, ou até mesmo a gula.
Todos temos um amor próprio. Uma dignidade intrínseca. Esse sentido de valorização nos foi dado por Deus. É por causa dele que sentimos necessidade de nos vestir e cheirar bem. Quando nos vestimos desejamos agradar os olhos de quem nos admira; todos nos sentimos bem quando somos valorizados e admirados. Sabemos que ninguém gosta de estar perto de uma pessoa com roupas sujas, que não escovou os dentes pela manhã ou que não cuida bem da higiene de seus pés.
Lavamo-nos por um sentido de autovalorização, nos trajamos por que entendemos que em nossa cultura aquela indumentária será mais bem aceita. Quando vamos a uma festa de casamento nos enfeitamos porque consideramos que aquela data requer que estejamos o mais bonito possível. Se isso é vaidade, ela é aceita e estimulada por Deus. Não há qualquer relação desta busca com aquele sentimento pernicioso de querer apoiar nossa existência no que é vazio.
Limitar o conceito de mundo ao desejo de vestir-se bem é adotar uma visão muito reduzida daquilo que o vocábulo representa em toda a Escritura.
Para Jesus vaidade também é sinônimo do que é vão. Ele associa o que é vão à prece dos gentios que pensam que serão ouvidos pelo muito falar (Mt 6:7). Ele considera vaidade a piedade dos fariseus: E em vão (com vaidade) me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei: não é
o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim contamina o homem. (Mt 15:9-11)
O conceito popular de vaidade é declarado na Bíblia pela expressão composta de vangloria:
Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. (Fp 2:3)
Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros. (Gl 5:26)
Assim aprendemos que vaidade é objetivamente descrita com o sentido de vazio, inutilidade e falta de consistência. Todas as vezes que buscarmos nossa identidade no que for irreal estamos sendo vaidosos. Não há necessidade de se estabelecer uma relação direta com adornos, roupas ou bens materiais. O exercício do ministério, oração, e até boas obras podem, em alguns casos, também ser vaidade e um correr inútil em direção ao vento.

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